quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sites interativos sobre o Arcadismo.

http://www.vagalume.com.br/literatura/arcadismo.html
http://www.soliteratura.com.br/jogos/cruzada.php
http://conversadeportugues.com.br/2010/01/cruzadas-literarias/

Exercícios do Arcadismo!

Questões:
01. Assinale o que não se refere ao Arcadismo:
 

a) Época do Iluminismo (século XVIII) – Racionalismo, clareza, simplicidade.
b) Volta aos princípios clássicos greco-romanos e renascentistas (o belo, o bem, a verdade, a perfeição, a imitação da natureza).
c) Ornamentação estilística, predomínio da ordem inversa, excesso de figuras.
d) Pastoralismo, bucolismo suaves idílios campestres.
e) Apóia-se em temas clássicos e tem como lema: inutilia truncat (“corta o que é inútil”).


02. Indique a alternativa errada:

a) Cultismo e conceptismo são as duas vertentes literárias do estilo barroco.

b) O arcadismo afirmou-se em oposição ao estilo barroco.

c) O conceptismo correspondeu a um estilo fundado em “agudezas”ou “sutilezas”de pensamento, com transições bruscas e associações inesperadas entre conceitos.

d) O cultismo correspondeu sobretudo a um jogo formal refinado, com uso abundante de
figuras de linguagem e verdadeiras exaltação sensorial na composição das imagens e na elaboração sonora.

e) O Arcadismo tendeu à obscuridade, à complicação lingüística e ao ilogismo.


Nos exercícios 3 e 4, assinale, em cada um, a(s) afirmação(ões) improcedente(s) sobre o Arcadismo.

(Podem ocorrer várias em cada exercício).

03. A respeito da época em que surgiu o Arcadismo:

a) o século XVIII ficou conhecido como “século das luzes”;
b) os “enciclopedistas”construíram os alicerces filosóficos da Revolução Francesa;
c) o adiantamento cientifico é uma das marcas desta época histórica;
d) a burguesia conhece, então, acentuado declínio em seu prestígio;
e) em O Contrato Social, Rousseau aborda a origem da Autoridade.


04. Quanto à linguagem árcade:

a) prefere a ordem indireta, tal como no latim literário;
b) tornou-se artificial, pedante, inatural;
c) procura o comedimento, a impessoalidade, a objetividade;
d) manteve as ousadias expressionais do Barroco;
e) promove um retorno às “virtudes clássicas”da clareza, da simplicidade e da harmonia.


05. Entre os escritores mais conhecidos do “Grupo Mineiro”, estão:

a) Silva Alvarenga, Mário de Andrade, Menotti del Picchia.
b) Santa Rida Durão, Cecília Meireles, Tomás Antônio Gonzaga.
c) Basílio da Gama, Paulo Mendes Campos, Alvarenga Peixoto.
d) Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto.
e) Alvarenga Peixoto, Fernando Sabino, Cláudio Manuel da Costa.


06. Qual a alternativa que apresenta uma associação errada?

a) Barroco / Contra-Reforma.
b) Arcadismo / Iluminismo
c) Romantismo / Revolução Industrial.
d) Arcadismo / Anti-Classicismo
e) Arcadismo / Racionalismo


07. Poema satírico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Luís da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788:

a) Marília de Dirceu
b) Vila Rica
c) Fábula do Ribeirão do Carmo
d) Caras Chilenas
e) O Uruguai


08. Em seu poema épico, tenta conciliar a louvação do Marquês de Pombal e o heroísmo do índio. Afasta-se do modelo de Os Lusíadas e emprega como maravilhoso o fetichismo indígena.

São heróis desse poema:

a) Cacambo, Lindóia, Moema
b) Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Moema
c) Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Tanajura
d) Cacambo, Lindóia, Gomes Freira de Andrade
e) n.d.a.


09. (ITA) Uma das afirmações abaixo é incorreta. Assinale-a:

a) O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pagãs. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristão.

b) A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se sobretudo de poesia, que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica.

c) O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lógica na escrita.

d) O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e colonos português.

e) A morte de Moema,índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Basílio da Gama.


10. (ITA) Dadas as afirmações:

I) O Uruguai, poema épico que antecipa em várias direções o Romantismo, é motivado por dois propósitos indisfarçáveis: exaltação da política pombalina e antijesuitismo radical.

II) O (A) autor(a) do poema épico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a história da atual Ouro Preto, desde a sua fundação, cultivou a poesia bucólica, pastoril, na qual menciona a natureza como refúgio.

III) Em Marília de Dirceu, Marília é quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um diálogo, a obra é um monólogo – só Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradição quanto à sua postura de Spastor e sua realidade de burguês.

Está(ão) Correta(s):

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas I e III
e) Todas


Resolução:
01. C02. E
03. D04. A, B, D
05. D06. D07. D08. D
09. E10. D


Vídeo do Arcadismo em Portugal!

Vídeo do Arcadismo no Brasil!

Caracteristicas do Arcadismo!

 O arcadismo constitui-se numa forma de literatura mais simples, opondo-se aos exageros e rebuscamentos do Barroco.Os temas também são simples e comuns aos seres humanos, como o amor, a morte, o casamento, a solidão. As situações mais freqüentes apresentam um pastor abandonado pela amada, triste e queixoso. É a "aurea mediocritas" ("mediocridade áurea"), que simboliza a valorização das coisas cotidianas, focalizadas pela razão.
 Os autores retornam aos modelos clássicos da Antiguidade greco-latina e aos renascentistas, razão pela qual o movimento é também conhecido como neoclássico. Os seus autores acreditavam que a Arte era uma cópia da natureza, refletida através da tradição clássica. Por isso a presença da mitologia pagã, além do recurso a frases latinas.
Inspirados na frase do escritor latino Horácio ("fugir da cidade"), e imbuídos da teoria do "bom selvagem" de Jean-Jacques Rousseau, os autores árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica, pastoril, do "locus amoenus", do refúgio ameno em oposição aos centros urbanos dominados pelo Antigo Regime, pelo absolutismo monárquico.

Arcadismo em Portugal!

O movimento têm início com a fundação da Arcádia Lusitana, em 1766, e foi palco para revoltas, reformas estudantis e desapego da influência religiosa. Os poetas árcades e suas obras mais conhecidos são Manuel Maria Barbosa du Bocage (Improvisos de Bocage, 1968), António Dinis da Cruz e Silva (Improvisos de Bocage, 1802), Marquesa de Alorna (Alcippe, 1844), Francisco José Freire – o Cândido Lusitano – (Arte Poética ou Regras da Verdadeira Poesia, 1748).

Em 1746, Luís António Verney, inspirado nas ideias dos racionalistas franceses, publica as cartas que compõem o seu "Verdadeiro Método de Estudar", obra em que critica o ensino tradicional e propõe reformas que visam a colocar a cultura portuguesa a par com a do resto da Europa.
Caberá, entretanto, ao marquês de Pombal, ministro de José I de Portugal (1750-1777), concretizar essas aspirações. Agindo com plena autonomia de poderes, o despotismo esclarecido de Pombal operou verdadeira transformação nos rumos da cultura portuguesa:
  • expulsou os jesuítas em 1759, o que enfraqueceu bastante a influência religiosa no campo cultural;
  • incentivou os estudos científicos;
  • reformou o ensino e,
  • apesar de manter um sistema de censura, afrouxou muito a repressão que era exercida pelo Santo Ofício (a Inquisição).
Em Portugal, o arcadismo iniciou-se oficialmente em 1756, com a fundação da “Arcádia Lusitana”, entidade em que se reuniam intelectuais e artistas para discutirem Arte.
A “Arcádia Lusitana” tinha por lema a frase latina "Inutilia truncat" ("acabe-se com as inutilidades"), que vai caracterizar todo o movimento no país. Visavam com isto erradicar os exageros, o rebuscamento, e a extravagância preconizados pelo Barroco, retornando a uma literatura simples.



O Arcadismo no Brasil!

No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.

 Orompimento com estética  barroca começou com a Publicação de Obras, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768. este movimento permaneceu como tendência literária até 1836, quando se inicia o Romantismo.

O Arcadismo também ficou marcado por dois aspectos centrais. O dualismo dos escritores brasileiros do século XVIII, que, ao mesmo tempo, seguiam os modelos culturais europeus e se interessavam pela natureza e pelos problemas específicos da colônia brasileira; e a influência das idéias iluministas sobre os escritores e intelectuais brasileiros, que resultou no movimento da Inconfidência Mineira e seus trágicos resultados: prisão, morte, exílio, enforcamento

 Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas), Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu), Basílio da Gama (autor de O Uraguai) , Frei Santa Rita Durão (autor do poema Caramuru) e Silva Alvarenga (autor de Glaura).

Origem do Arcadismo.


O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascenção da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).
Os poetas desta escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar psedônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.