quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Arcadismo em Portugal!

O movimento têm início com a fundação da Arcádia Lusitana, em 1766, e foi palco para revoltas, reformas estudantis e desapego da influência religiosa. Os poetas árcades e suas obras mais conhecidos são Manuel Maria Barbosa du Bocage (Improvisos de Bocage, 1968), António Dinis da Cruz e Silva (Improvisos de Bocage, 1802), Marquesa de Alorna (Alcippe, 1844), Francisco José Freire – o Cândido Lusitano – (Arte Poética ou Regras da Verdadeira Poesia, 1748).

Em 1746, Luís António Verney, inspirado nas ideias dos racionalistas franceses, publica as cartas que compõem o seu "Verdadeiro Método de Estudar", obra em que critica o ensino tradicional e propõe reformas que visam a colocar a cultura portuguesa a par com a do resto da Europa.
Caberá, entretanto, ao marquês de Pombal, ministro de José I de Portugal (1750-1777), concretizar essas aspirações. Agindo com plena autonomia de poderes, o despotismo esclarecido de Pombal operou verdadeira transformação nos rumos da cultura portuguesa:
  • expulsou os jesuítas em 1759, o que enfraqueceu bastante a influência religiosa no campo cultural;
  • incentivou os estudos científicos;
  • reformou o ensino e,
  • apesar de manter um sistema de censura, afrouxou muito a repressão que era exercida pelo Santo Ofício (a Inquisição).
Em Portugal, o arcadismo iniciou-se oficialmente em 1756, com a fundação da “Arcádia Lusitana”, entidade em que se reuniam intelectuais e artistas para discutirem Arte.
A “Arcádia Lusitana” tinha por lema a frase latina "Inutilia truncat" ("acabe-se com as inutilidades"), que vai caracterizar todo o movimento no país. Visavam com isto erradicar os exageros, o rebuscamento, e a extravagância preconizados pelo Barroco, retornando a uma literatura simples.



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